Borboletas

13 de dez. de 2012

SER PROFESSOR


Ser professor é professar a fé e a certeza de que tudo terá valido a pena
se o aluno sentir-se feliz pelo que aprendeu com você e pelo que ele lhe ensinou...
Ser professor é consumir horas e horas pensando em cada detalhe daquela aula que,
 mesmo ocorrendo todos os dias, a cada dia é única e original...
Ser professor é encontrar pelo corredor com cada aluno, olhar para ele sorrindo,
e se possível, chamando-o pelo nome para que ele se sinta especial...
Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e, diante da reação da turma,
transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...
Ser professor é envolver-se com seus alunos nos mínimos detalhes,
vislumbrando quem está mais alegre ou mais triste,
quem cortou os cabelos, quem passou a usar óculos,
quem está preocupado ou tranquilo demais, dando-lhe a atenção necessária...
Ser professor é importar-se com o outro numa dimensão 
de quem cultiva uma planta muito rara
que necessita de atenção, amor e cuidado.
Ser professor é equilibrar-se entre três turnos de trabalho
e tentar manter o humor e a competência para que o último turno não fique prejudicado...
Ser professor é ser um administrador da curiosidade de seus alunos,
é ser parceiro, é ser um igual na hora de ser igual, e ser um líder na hora de ser líder,
 é saber achar graça das menores coisas e entender que ensinar e aprender
são movimentos de uma mesma canção: a canção da vida...
Ser professor é acompanhar as lutas do seu tempo pelo salário mais digno,
por melhores condições de trabalho, por melhores ambientes físicos,
 sem misturar e confundir jamais essas lutas com o respeito e com o fazer junto ao aluno.
Perder a excelência e o orgulho, jamais!
Ser professor é saber estar disponível aos colegas e
ter um espírito de cooperação e de equipe
na troca enriquecedora de saberes e sentimentos, sem perder a própria identidade.
 Ser professor é ser um escolhido que vai fazer levedar a massa para que esta cresça e se avolume em direção a um mundo mais fraterno e mais justo.
Ser professor é ser companheiro do aluno, comer do mesmo pão,
onde o que vale é saciar a fome de ambos, numa dimensão de partilha.
Ser professor é ter a capacidade de sair de cena, sem sair do espetáculo.
Ser professor é apontar caminhos,
mas deixar que o aluno caminhe
com seus próprios pés...

(Autor desconhecido)

Dinâmica Cantada


Escolher oito pessoas do grupo para fazer as perguntas;
Dividir o restante dos professores em oito grupos, que deverão responder cantando.

PERGUNTA

RESPOSTAS (cantadas)
1-Quando pensei em ser professor, o que aconteceu?
1- Os sonhos mais lindos sonhei!
De quimeras mil, um castelo ergui.
2- Ao encontrar alunos com dificuldades, o que disse?
2- Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima.
3- Quando um aluno me magoou, o que pensei?
3- Ainda vai levar um tempo pra fechar o que feriu por dentro. É natural que seja assim, tanto pra você quanto pra mim.
4- Mas quando começo minha aula, qual a sensação?
4- Quando eu estou aqui, eu vivo este momento lindo. Olhando pra você e as mesmas emoções sentindo.
5- Quando os alunos estão desanimados, pelos problemas do dia-a-dia, o que digo?
5- Canta, canta minha gente deixa a tristeza pra lá. Canta forte canta alto que a vida vai melhorar.
6- Como reajo às inovações?
6- Tudo que se vê não é, igual ao que a gente viu a um segundo. Tudo muda o tempo todo no mundo. Não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo, agora, há tanta vida lá fora. Aqui dentro sempre como uma onda no mar...
7- Ser professor é?
7- Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar, cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz. Eu sei que a vida devia ser bem melhor s será. Mas isso não impede que eu repita: é bonita, é bonita e é bonita.
8- E quando quero descobrir se estou no caminho certo...
8- Olho pro céu e vejo uma nuvem branca que vai passando, olho pra terra e vejo uma multidão que vai caminhando. Como essa nuvem branca essa gente não sabe aonde vai. Quem poderá dizer o caminho certo é você MEU PAI. Jesus Cristo, Jesus Cristo, Jesus Cristo eu estou aqui.

Após realizar a dinâmica e permitir esse momento de descontração, questioná-los de como realmente nos sentimos frente aos desafios da nossa profissão, de como encaramos os problemas do cotidiano escolar, da forma como somos surpreendidos por nossos alunos, pelas inovações... E quantas coisas boas acontecem no espaço escolar. (conforme vão respondendo, pode-se ir levantando outras questões e mostrando a importância do papel do professor e quão bonita é nossa missão).

Primavera

28 de nov. de 2012

27 de abr. de 2012

Eu vou ser mais do que eu sou...





Vídeo  produzido como requisito de avaliação do Curso Mídias na Educação   -  UAB/IFSUL – Polo Constantina – RS.
O vídeo mostra um pouco da minha trajetória pessoal e profissional, desde o curso de graduação em Pedagogia até a conquista dos Cursos de especialização em Mídias na Educação e Psicopedagogia Clínica e Institucional.



19 de fev. de 2012

De quem é a “Culpa”?


Conta-se que uma aldeia, bem nas montanhas, vivia muito triste. Tinha muitos problemas, fazia anos, e ninguém se entendia sobre eles. Um ficava acusando o outro. 
Um dia, um jovem da aldeia retirou-se para a mais alta montanha a fim de pensar sobre sua vida: será que valia a pena viver  ali? Era tão triste... Não seria melhor procurar outra aldeia? Mas, no fundo, não queria deixá-la, pois afinal, apesar da tristeza reinante, era ali que tinha os parentes, os amigos, a namorada. Pediu ajuda aos deuses. Foram dias e dias de reflexão. Até que os oráculos se compadeceram, e ele teve uma iluminação. 
Voltou, então, para a aldeia e começou a refletir com as pessoas que não deveriam procurar o “culpado” e sim o responsável, pois afinal, falar em culpa era remeter até a um caráter religioso e isto pesava muito. Foi necessário um tempo para todos se convencerem disto. Vencido este desafio, passou para a segunda fase do plano: mostrava que, como o problema era muito complexo e de tanto tempo, provavelmente não haveria um, mas vários responsáveis.  
Quando o ambiente estava preparado, anunciou ao povo que um dos responsáveis havia sido preso. Todos morreram de curiosidade, pois, de tanto se acusarem, já haviam perdido a noção das coisas. Organizou-se uma grande fila em frente à delegacia; todos estavam eufóricos: finalmente aparecia um responsável. O interessante, no entanto, era observar como as pessoas saíam de lá: cabisbaixas, reflexivas. Os que estavam ainda aguardando na fila não entendiam bem, pois esperavam ver uma certa sensação de alívio e de “acerto de contas”. 
Toda população interessada teve oportunidade de conhecer um dos responsáveis através do visor da cela. Depois, aos poucos, o povoado foi se transformando: os problemas começaram paulatinamente a serem resolvidos e a alegria foi voltando. A mudança foi tanta que resolveram fazer uma homenagem ao jovem. Este recusou, argumentando que a transformação se devia a todos e não apenas a ele.  Pediu, no entanto, uma coisa: como com o tempo as pessoas poderiam se esquecer, que se conservasse sempre a possibilidade de se ver um dos responsáveis e que nunca se tirasse, portanto, o espelho que ele tinha colocado por detrás do visor da cela... 

Celso dos S. Vasconcellos
(adaptação de conto popular)